sexta-feira, 13 de abril de 2018

Dona Vilma, 73 anos, em Belo Horizonte,MG: DESPEJO VAI. DONA VILMA FICA....

Dona
Vilma, 73 anos, em Belo Horizonte, MG: DESPEJO VAI. DONA VILMA FICA. 2ª Parte.
10/4/2018.

 Em Belo Horizonte, Minas Gerais, Dona Vilma
Eustáquia da Silva, 73 anos, desde 2011, luta pela posse da propriedade que é
da família há mais de 100 anos. Sua documentação, incluindo comprovantes de
pagamento de IPTU ao município, comprovam isso. Dona Vilma, sua filha Heloíza
Helena e seu filho Gustavo, toda sua família e sua ancestralidade são vítimas
do racismo, da segregação e da exclusão provocados por uma política que
prioriza o capital, a especulação imobiliária, e quer tirar do povo, da classe
trabalhadora, o direito à cidade. Recentemente, um juiz do TJMG, a pedido do
Ministério Público da área de Direitos Humanos, suspendeu o cumprimento do
mandado que determinava a expulsão de Dona Vilma do terreno e a demolição da
casa em que vive desde que nasceu, há 73 anos, e, segundo declaração do
Procurador do Município, Tomaz de Aquino, estão "iniciando um processo de
cessão do imóvel para Dona Vilma, enquanto ela for viva”. Entretanto, essa
decisão não basta, porque não é justa, não reconhece de maneira definitiva o
direito de propriedade do terreno à Dona Vilma e sua família. Não contempla o
direito de Heloíza Helena e de seu irmão Gustavo, que, assim como sua mãe,
nasceram e cresceram no mesmo imóvel e nega também esse direito às gerações
futuras dessa família. A luta continua. NÃO SE CEDE AQUILO QUE É DE DIREITO.
Nesse vídeo, o depoimento do antropólogo Rafael Barros, de Élerson da Silva, da
Cáritas do Brasil, Regional Minas Gerais, e um pouco da história dessa luta,
contada por Dona Vilma.

*Reportagem de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição da Professora Nádia
Oliveira, de Conceição das Alagoas, MG. Belo Horizonte/MG, 10/4/2018.

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